No começo, tudo funciona perfeitamente.

Um projeto pequeno.

Um chat.

Ideias fluindo. Decisões rápidas. Progresso visível.

Mas aí o projeto cresce.

O chat fica longo.

Começa a demorar para carregar.

Algumas decisões antigas “somem”.

Você precisa explicar tudo de novo.

E surge uma sensação estranha:

não é que a IA não entenda — é que ela não lembra.

A primeira reação: dividir em vários chats

A solução mais comum (e que eu mesmo uso) é dividir o projeto por áreas:

Um chat para UX.

Outro para banco de dados.

Outro para marketing.

E um “chat mestre” tentando manter tudo conectado.

Isso ajuda.

De verdade, ajuda.

Mas não resolve.

Porque o problema apenas se espalha:

  • cada chat começa a perder contexto com o tempo;

  • decisões se contradizem;

  • você fica indo e voltando entre conversas;

  • o retrabalho vira parte do processo.

Funciona como muleta — não como estrutura.

O risco real de perder quase tudo

Existe um ponto ainda mais delicado.

Às vezes, o chat simplesmente quebra.

Não carrega mais.

Trava.

Fica inacessível.

E aí você percebe algo desconfortável:

todo o raciocínio, todas as decisões, todo o histórico…

estavam presos em um único lugar.

Quando isso acontece, a única saída costuma ser exportar tudo — quando dá.

É nesse momento que fica claro:

o chat virou um ponto único de falha.

O problema não é pensar. É onde as coisas moram.

Conversando e testando, cheguei a uma conclusão simples:

O ChatGPT é excelente para pensar junto.

Mas ele não deveria ser o lugar onde o projeto vive.

Projetos grandes não precisam só de boas conversas.

Eles precisam de continuidade.

Precisam de um lugar onde:

  • decisões fiquem registradas,

  • estruturas sejam mantidas,

  • o estado atual do projeto esteja claro.

Hoje, quando isso não existe, a gente tenta forçar tudo para dentro do chat —

e paga o preço em perda de contexto, confusão e retrabalho.

A pergunta certa que ainda está em aberto

E se o chat não fosse a memória?

E se existisse uma memória viva do projeto —

um lugar externo onde realmente morassem:

  • as decisões,

  • a estrutura,

  • o histórico,

  • o estado atual das coisas?

E se o ChatGPT não apenas consultasse essa memória para pensar melhor, mas também alimentasse esse estado vivo automaticamente, a cada nova decisão, ajuste ou avanço?

Um ciclo contínuo:

o projeto vive fora do chat,
o chat pensa com base nesse estado,
e o próprio diálogo atualiza a memória do projeto.

Hoje, eu ainda não tenho essa resposta.

Eu uso soluções parciais.
Paliativos.
Gambiarras inteligentes.

Mas a pergunta ficou grande demais para ignorar.

O que vem depois

Agora, é investigar com calma.

Entender:

  • o que realmente precisa viver fora do chat,

  • como manter isso atualizado,

  • e como a IA pode usar essa memória para não perder o fio do pensamento.

Quando — e se — isso fizer sentido na prática, eu compartilho aqui.

Até lá, sigo testando, quebrando, refazendo

e usando o Criando com IA para registrar o que funciona e o que não.

Até a próxima,
Lilo

📬 Criando com IA — aprendizados em tempo real

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